terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Curso de Jardinagem - O que é solo - Aula 01

1.0 O que é solo?

É a parte e superficial da crosta terrestre e tem sua origem na
decomposição de rochas e minerais.

Em relação às plantas, tem como função primordial fornecer nutrientes e servir de suporte às raízes. 

1.1 Textura do solo:
Diz respeito à distribuição das partículas que formam um solo (areia, silte e argila).
De acordo com os percentuais de cada uma delas, tem-se:
- Solo de textura arenosa: menos de 15% de argila,
- Solo de textura média: de 15 a 35% de argila,
- Solo de textura argilosa: mais de 35% de argila;
Como determinar a textura do solo: 
Solo argiloso: liso e pegajoso.
O solo argiloso é formado de
partículas minúsculas que absorvem umidade, tornando-o pesado e pegajoso.
Embora difíceis de serem trabalhados, costumam ser bastante férteis.
Solo arenoso: seco e solto.
O solo arenoso seca rapidamente e não retém bem os nutrientes. Precisa de maior manutenção do que o argiloso,mas, inicialmente, é mais fácil de ser trabalhado.
1.2 Nutrientes:
São os elementos de que as plantas necessitam nos seus processos vitais.
Dividem-se em macronutrientes e micronutrientes.

1.2.1 Macronutrientes:
São aqueles requeridos em grandes quantidades: C- carbono, H- hidrogênio, O- oxigênio;N- nitrogênio; P- fósforo; K- potássio; Ca- cálcio;Mg- magnésio e S- enxofre.
1.2.2 Micronutrientes:
requeridos em pequenas quantidades: Cl-cloro; Fe-ferro; Cu-cobre; Zn-zinco; Mn-manganês; B-boro; Mo-molibdênio e Co-cobalto.
1.3 pH do solo:
Está relacionado com o índice de acidez, variando segundo a escala abaixo:
0_______7_______14
pH acido         pH neutro         pH básico

Cada espécie vegetal tem uma faixa de pH do solo na qual seu desenvolvimento é ótimo. De maneira geral, pode-se dizer que a maioria das plantas prefere solos com pH na faixa de 4,0 a 7,5.

1.4 Calagem:
 

Época de calagem: a calagem deve ser feita de 60 a 90 dias antes do plantio. Esse período é necessário para que a acidez do solo seja corrigida, deixando o solo adequado para o desenvolvimento das plantas. A dosagem a ser aplicada depende do tipo de solo e da análise química do mesmo, feitas em laboratório.
Aplicação de calcário: d
ependendo da área, pode-se fazer a aplicação do calcário manual ou mecânica. A distribuição manual é feita a lanço e deve-se procurar espalhar o mais uniformemente possível. A distribuição mecânica é feita por distribuidora centrífuga à tração mecânica.
Incorporação do calcário: o calcário deve ser incorporado a uma profundidade de 15 a 20 centímetros. A incorporação deve ser uniforme para permitir boa eficiência do calcário. A incorporação pode ser feita por gradagem ou manualmente utilizando enxadas.

1.5 Adubação:
Consiste na incorporação de nutrientes ao solo com o objetivo de melhorar sua qualidade. Existem diferentes tipos de fertilizantes fornecedores de nutrientes:
a) Fertilizantes ou adubos minerais simples:
Podem ser classificados em :
Nitrogenados: contêm nitrogênio(N), que atua no crescimento das plantas. Ex.: sulfato de amônio, uréia, salitre do Chile e nitratos em geral.
Fosfatados: contêm fósforo(P), que atua no crescimento das raízes, crescimento das plantas, floração e frutificação. Ex.: superfosfato simples e superfosfato triplo.
Potássicos: contêm potássio(K), que atua na produção de flores, bem como na resistência da planta ao aparecimento de doenças. Ex.: cloreto de potássio, sulfato de potássio.

 b) Fertilizantes ou adubos mistos:
São aqueles resultantes da mistura de dois ou mais fertilizantes simples (nitrogenado, fosfatado e potássio). São representados pela letra símbolo de cada elemento, sendo o mais comum o NPK (nitrogênio, fósforo e potássio), nas formulações percentuais: 4-14-8; 20-5-20 e 10-10-10, entre outros. Obs.: Existem no mercado alguns fertilizantes comercializados na forma líquida. 

c) Fertilizantes ou adubos orgânicos:  
Podem ser de origem vegetal ou animal, contendo um ou mais nutrientes. Ex.: farinha de ossos, farinha de sangue, tortas vegetais (soja, algodão, mamona, girassol ou amendoim), esterco de bovino, esterco de galinha e húmus de minhoca.

d) Composto orgânico:
É formado pela decomposição de material vegetal como mato, palhas, folhas, restos de roça, restos de gramado, restos de cozinha, estercos diversos e até mesmo cinza.


Preparo do composto orgânico (composteira)
1. Amontoar o material vegetal em pilhas de seção trapezoidal, intercalando uma camada de restos vegetais com uma fina camada de material inoculante (esterco), tendo-se o cuidado de molhar cada camada. A pilha deve apresentar cerca de 3,0 m largura na base inferior, 1,5 m de altura e comprimento variável, de acordo com a disponibilidade de material.
2. Manter o material sempre úmido, molhando-o pelo menos uma vez por semana.
3. A cada 15-20 dias, picar e revolver o material formando uma nova pilha.
4. Aos noventa dias aproximadamente, o material estará curtido e transformado em matéria orgânica. O produto final deve ter a cor escura, ser rico em húmus, moldável quando apertado entre as mãos, cheiro de terra e temperatura baixa no interior do monte.

3 comentários:

justino disse...

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justino disse...

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Gabriel disse...

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Tchau !

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